Só sei que nada sei
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Filmes felizes típicos dessa época do ano geralmente têm uma boa recepção. Até mesmo porque não há outra coisa para se assistir. Nesse ano, a safra está relativamente boa. O livro de C. S. Lewis voltará às telas em breve em The Chronicles of Narnia: Prince Caspian. Robert Downey Jr. vira um super-herói com elementos auto-biográficos. E os aclamados irmãos Andy e Larry Wachowski resolveram agradar os fãs dos desenhos e entregam Speed Racer!
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Confesso que não sou uma grande fã, mas depois de ver meus coleguinhas pisando em um ingresso de Speed Racer resolvi escrever sobre o filme. Eu assistia o desenho quando era criança e o que mais me atraía era aquela história do irmão (não vou explicar aqui, se não entendeu o azar é seu). As corridas eram o de menos. Talvez tenha sido por isso que eu gostei do filme. A história do irmão está lá e a montagem inicial é primorosa. Claro que se trata de um filme simples, para ser compreendido por crianças de três anos (e é exatamente para elas que existem as sessões dubladas[1]) e a estrutura em três partes é tão óbvia que até Syd Field deve ter ficado com vergonha. Mas é um filme legal, gente!
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Explicando, os irmãos-diretores têm talento. Afinal, mesmo terminando daquele jeito, a trilogia de Matrix é referência. Só que não é todo dia que a pessoa tem uma idéia brilhante de apelo popular. Eles sabem disso e fizeram da produção de V for Vendetta uma espécie de teste. O filme é ótimo, mas não rendeu maravilhas para os cofres. E o que move a indústria não é a cultura, mas o money. Assim, eles tentaram apostar na direção certa para agradar aos estúdios. Não sei nada quanto ao amor deles pelo projeto, já que não gostam de dar entrevista, mas pelo histórico dos dois acredito que eles tenham ficado realmente animados com a idéia de adaptar essa história sobre um corredor que se veste de branco (existe algum outro?).
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Ok, viajei na maionese repetindo teorias que nem são exatamente minhas e não expliquei porque o filme é bom. O início é um alívio nessa época em que “filme de origem” é moda. Ou seja, a tal origem é contada, todos os personagens são devidamente apresentados, tudo funciona direitinho e em um bom ritmo (graças à montagem, como já mencionei). Tudo durante uma corrida. Os personagens são interessantes e o universo das corridas (bendita indústria) também. Por isso, os diálogos são divertidos e as situações funcionam. O único problema é o argumento fraco. Não sei a origem dele, mas creio que é um problema mais antigo que o filme propriamente dito[2].
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O que me intriga é que a, digamos assim, culpa pelos problemas do filme esteja sendo colocada nas corridas. Sim, elas são irreais e malucas. Mas quem quer ver corrida de verdade só precisa ligar a TV no domingo de manhã, certo? Quem vai ao cinema ver Speed Racer quer diversão descompromissada, curvas absurdas, acidentes legais e coisas que quem cresceu vendo Wacky Races simplesmente adora! Ou estou tão enganada assim? Já as críticas contra o visual mega colorido são puro preconceito. Afinal, qual é o problema do mundo de Speed ser colorido? Ele é uma pessoa idealista, sonhadora e fofa. Resumindo, esse é um filme de ficção, não um documentário. As escolhas podem ser discutidas (e discutíveis), mas, ao menos nesse caso, não é o visual que atrapalha.
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Para deixar claro que defendo o filme não só porque acho o Emile Hirsch bonitinho, retorno. O filme tem, sim, seus problemas. A história precisava ser mais bem elaborada principalmente no que rodeia os personagens Snake Oiler (Christian Oliver) e Taejo Togokahn (Rain). Mas acredito que seja mais do que o suficiente para um filme leve de domingo à tarde. Recomendo. Ainda mais se você adorar lembrar musiquetas da sua infância feito eu[3].
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Filmes felizes típicos dessa época do ano geralmente têm uma boa recepção. Até mesmo porque não há outra coisa para se assistir. Nesse ano, a safra está relativamente boa. O livro de C. S. Lewis voltará às telas em breve em The Chronicles of Narnia: Prince Caspian. Robert Downey Jr. vira um super-herói com elementos auto-biográficos. E os aclamados irmãos Andy e Larry Wachowski resolveram agradar os fãs dos desenhos e entregam Speed Racer!
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Confesso que não sou uma grande fã, mas depois de ver meus coleguinhas pisando em um ingresso de Speed Racer resolvi escrever sobre o filme. Eu assistia o desenho quando era criança e o que mais me atraía era aquela história do irmão (não vou explicar aqui, se não entendeu o azar é seu). As corridas eram o de menos. Talvez tenha sido por isso que eu gostei do filme. A história do irmão está lá e a montagem inicial é primorosa. Claro que se trata de um filme simples, para ser compreendido por crianças de três anos (e é exatamente para elas que existem as sessões dubladas[1]) e a estrutura em três partes é tão óbvia que até Syd Field deve ter ficado com vergonha. Mas é um filme legal, gente!
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Explicando, os irmãos-diretores têm talento. Afinal, mesmo terminando daquele jeito, a trilogia de Matrix é referência. Só que não é todo dia que a pessoa tem uma idéia brilhante de apelo popular. Eles sabem disso e fizeram da produção de V for Vendetta uma espécie de teste. O filme é ótimo, mas não rendeu maravilhas para os cofres. E o que move a indústria não é a cultura, mas o money. Assim, eles tentaram apostar na direção certa para agradar aos estúdios. Não sei nada quanto ao amor deles pelo projeto, já que não gostam de dar entrevista, mas pelo histórico dos dois acredito que eles tenham ficado realmente animados com a idéia de adaptar essa história sobre um corredor que se veste de branco (existe algum outro?).
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Ok, viajei na maionese repetindo teorias que nem são exatamente minhas e não expliquei porque o filme é bom. O início é um alívio nessa época em que “filme de origem” é moda. Ou seja, a tal origem é contada, todos os personagens são devidamente apresentados, tudo funciona direitinho e em um bom ritmo (graças à montagem, como já mencionei). Tudo durante uma corrida. Os personagens são interessantes e o universo das corridas (bendita indústria) também. Por isso, os diálogos são divertidos e as situações funcionam. O único problema é o argumento fraco. Não sei a origem dele, mas creio que é um problema mais antigo que o filme propriamente dito[2].
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O que me intriga é que a, digamos assim, culpa pelos problemas do filme esteja sendo colocada nas corridas. Sim, elas são irreais e malucas. Mas quem quer ver corrida de verdade só precisa ligar a TV no domingo de manhã, certo? Quem vai ao cinema ver Speed Racer quer diversão descompromissada, curvas absurdas, acidentes legais e coisas que quem cresceu vendo Wacky Races simplesmente adora! Ou estou tão enganada assim? Já as críticas contra o visual mega colorido são puro preconceito. Afinal, qual é o problema do mundo de Speed ser colorido? Ele é uma pessoa idealista, sonhadora e fofa. Resumindo, esse é um filme de ficção, não um documentário. As escolhas podem ser discutidas (e discutíveis), mas, ao menos nesse caso, não é o visual que atrapalha.
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Para deixar claro que defendo o filme não só porque acho o Emile Hirsch bonitinho, retorno. O filme tem, sim, seus problemas. A história precisava ser mais bem elaborada principalmente no que rodeia os personagens Snake Oiler (Christian Oliver) e Taejo Togokahn (Rain). Mas acredito que seja mais do que o suficiente para um filme leve de domingo à tarde. Recomendo. Ainda mais se você adorar lembrar musiquetas da sua infância feito eu[3].
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[1] Eu detesto ver filmes dublados, mas acho válido nesse caso. Afinal, nada pior que assistir a um filme ao lado de uma mãe explicando tudo que está acontecendo para sua cria.
[2] No desenho, as chamadas para o episódio seguinte faziam referências à história do irmão e eram uma das minhas partes favoritas do desenho (sim, isso é estranho). Não consigo me lembrar direito das historinhas menores que permeavam o cotidiano de Speed.
[3] Go Speed Racer, Gooooo!!!
[1] Eu detesto ver filmes dublados, mas acho válido nesse caso. Afinal, nada pior que assistir a um filme ao lado de uma mãe explicando tudo que está acontecendo para sua cria.
[2] No desenho, as chamadas para o episódio seguinte faziam referências à história do irmão e eram uma das minhas partes favoritas do desenho (sim, isso é estranho). Não consigo me lembrar direito das historinhas menores que permeavam o cotidiano de Speed.
[3] Go Speed Racer, Gooooo!!!
Que bom que você gostou do filme!
ResponderExcluirA sua crítica saiu melhor que a minha, hehehe
Enfim, continuo a recomendar assistí-lo no cinema, pois pegar versões do "camelô" não vale a pena...
Fora que fui uma segunda vez (pagaram o ingresso para mim, que chique né!), e com mais 14 pessoas...
=D
É legal ver que esses atores da nova geração não querem ser apenas rostinhos bonitos. Acho que é o caso do Emile Hirsch. Ele está muito bem em "Na Natureza Selvagem".
ResponderExcluir:)
Até que tem piloto que usa macacão branco. Tudo depende das cores da equipe, mas né, sempre tem um monte de patrocinador colado nas roupas :P
ResponderExcluirEu gostei do filme. Na verdade fui sem saber que as corridas eram super futuristas, mas achei bem legal. Me lembrou um jogo de PS, CTR ^^
E eu fui obrigada a ver dublado, porque no horário que eu queria não tinha legendado! O.o
:*