Escrito por escrever...

Confesso, eu fiquei na dúvida entre postar ou não esse texto. Ele é basicamente um blocão que não sai do lugar. Eu comecei a escrevei sobre nada, tentei fazer a coisa ficar auto-biográfica, mas acabei falando de outra coisa que não me fez chegar a lugar nenhum... Eu estava a fim de atualizar o blog e até hoje cedo tinha decidido pôr uma música no lugar desse texto bobo (ele não foi postado ontem porque o blogspot estava fora do ar), mas acabei percebendo que seria muito brega... Bom, mais brega que esse texto é difícil...
.
.
A boneca de pano já não é mais. A boneca de pano fez escolhas. Foi como em um programa de televisão. Ela poderia escolher entre a Razão e o Coração. A boneca de pano ficou em dúvida, hesitou. Por alguns instantes ela seguiu o Coração, mas na hora da real decisão a Razão levou a melhor. Agora o Coração sofre. Sofre porque teve esperanças, porque sabe que seu caminho era o mais completo, o mais complexo e o mais feliz. A própria Razão agora duvida de sua escolha, diz que houve influências do Coração e que é por isso que a boneca de pano chora. A boneca de pano é mole, recebe impactos e não reage, vai sendo levada pelas decisões de sua frágil mente, a qual nem sempre sabe o que é melhor para a pequena boneca de pano. A boneca de pano agora vive a escolha que sua mente fez. Ela se esforça e, a cada dia, repete a escolha, mas sempre na dúvida. A boneca de pano tem Razão confusa e Coração partido. A boneca de pano segue em frente, mas segue cegamente. A boneca de pano sempre viu o caminho a seguir, mas sabia que um dia o momento daquela decisão chegaria. O momento chegou. Ela estava certa, mas o destino a fez recuar. A boneca de pano caminhou mais uma vez de encontro àquele momento. Ela foi incerta e menos preparada. A boneca de pano foi obrigada a escolher. A boneca de pano não enxerga mais o que tem pela frente. Ela só vê o vazio. A boneca de pano não tem mais escolhas para fazer. Ela só escuta o vazio. A boneca de pano não tem mais objetivos. Ela só toca o vazio. A boneca de pano não tem mais desafios para vencer. Ela só prova o vazio. A boneca de pano não tem mais novas experiências para fazer. Ela só inspira o vazio. A boneca de pano não tem mais certeza. Ela só vive o vazio. A boneca de pano é o vazio. A boneca de pano vive a sua própria realidade. Ela empurra a si própria para frente. A boneca de pano não sai mais do lugar. A boneca de pano sempre dependeu de muito para viver. Agora ela depende ainda mais. A boneca de pano tem as mesmas coisas de antes. Ela não as considera mais. A boneca de pano precisa do que deixou. A boneca de pano precisa do antes. Ela precisa do que nunca foi dela, mas que ela sempre teve. A boneca de pano precisa da certeza da escolha. Ela sabe que nunca a terá. A boneca de pano precisa das pessoas que um dia conheceu. Ela sabe que as pessoas mudam. A boneca de pano precisa de coisas novas. Ela sabe que as deixa passar. A boneca de pano precisa de vontade. A boneca de pano não se esforça mais. Ela sabe que o passado não volta. A boneca de pano vai, mas fica. A boneca de pano tomou uma decisão sem se decidir. A boneca de pano sabe que tomou a decisão certa. Ela acredita no que fez como o melhor para si. A boneca de pano está perdida. Ela sorri mesmo triste. A boneca de pano quer ser salva. A boneca de pano quer ajuda. A boneca de pano quer uma solução. A boneca de pano não entende o problema. Ela sabe sem saber. Ela escolheu querendo não escolher. A boneca de pano é imatura. Ela sabe que é natural seguir. Ela segue. A boneca de pano gostaria de entender porque segue. Ela continua seguindo. A boneca de pano sabe que as duas escolhas a levariam para o vazio. Ela sabe que o vazio é dela. Ela sabe que o vazio vem dela. A boneca de pano não quer o vazio. Ela quer viver as amizades sinceras que lhe são oferecidas. A boneca de pano não escreve mais. A boneca de pano não fala mais. A boneca de pano fechou-se em sua natureza de boneca de pano. A boneca de pano vive a briga entre Razão e Coração e não se esforça para acabá-la. A boneca de pano finge não ter mais forças. Ela fica sem forças ao querer ser fraca. A boneca de pano tem coisas para fazer. Ela as faz sem ânimo. A boneca de pano tem coisas que quer fazer. Ela não as faz. A boneca de pano deve viver. Ela simplesmente vive. A boneca de pano morre. Ela morre lentamente por não ser mais quem era. A boneca de pano vai perdendo sua personalidade, seu sorriso, seus cachos, seu estilo, seu olhar. A boneca de pano vai. Ela vai sem destino. A boneca de pano simplesmente segue. Ela não tem mais para onde ir.

Um comentário:

  1. Ah, Rê... Eu tenho mto carinho por esse post, já q foi por causa dele q vc comentou no meu pseudo-blog =)
    Bom, não sei como está a boneca de pano, mas ainda acho q ela deve ter confiança nela mesma, e seguir seu coração... Mesmo que possa parecer errado, às vezes são nesses erros que residem os acertos.. Ah, sim, claro, e ouvir músicas de anime!
    Bjaum!!!

    ResponderExcluir