Ella
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Ella. Um ponto azul turquesa nesse mundo de tons rosáceos-pastéis. Ella. Olhar, movimentos, fala, tudo. Ella-perfeita. Ella, além. Ella. Charmosa, encantadora, agradável. Ella. Sem desgraças para contar. Sem desgraças para ouvir.
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E meu coração se enche de tristeza quando penso n’Ella. Não porque Ella não é somente Ella, mas ela. Aquela a quem eu não temi, de quem eu não desconfiei. Ella, ela. “Quem é ela?”, ele me pergunta. E ele ri quando sabe da resposta. Não. Não era a ela que ele temia. Ele temia outra ela. Mas, para mim, era apenas uma ela. Ela tão sem-ela. Ella. Aquela. Ela.
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Aliás, ele não temia nenhuma outra. Temia a mim. Porque eu não era Ella nem a outra. A outra é tão outra que se apaga. Mas Ella é ela. A ela que representa o que não sou e o que não serei. Mas o que gostaria de ter sido. Ella. Não que ele se importe com Ella. Mas se eu fosse Ella, as coisas não seriam como são.
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Ella. Mezzo personagem. Mezzo real. Ella mezzo ela. Ella mezzo idéia. Ella, mais ela que eu. Ella, menos eu que eu mesma e ainda ela. Ella. Sempre ela. Ella, mais minha que dela. Mas sempre Ella.
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Esse é um daqueles textos que você tem uma idéia que parece legal, que atormenta a sua cabeça até o momento em que você a escreve. A partir desse instante, a idéia foge e você tenta concluir o texto de alguma maneira e quando a agonia finalmente termina você percebe que não escreveu nada daquilo que queria...
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Ella. Um ponto azul turquesa nesse mundo de tons rosáceos-pastéis. Ella. Olhar, movimentos, fala, tudo. Ella-perfeita. Ella, além. Ella. Charmosa, encantadora, agradável. Ella. Sem desgraças para contar. Sem desgraças para ouvir.
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E meu coração se enche de tristeza quando penso n’Ella. Não porque Ella não é somente Ella, mas ela. Aquela a quem eu não temi, de quem eu não desconfiei. Ella, ela. “Quem é ela?”, ele me pergunta. E ele ri quando sabe da resposta. Não. Não era a ela que ele temia. Ele temia outra ela. Mas, para mim, era apenas uma ela. Ela tão sem-ela. Ella. Aquela. Ela.
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Aliás, ele não temia nenhuma outra. Temia a mim. Porque eu não era Ella nem a outra. A outra é tão outra que se apaga. Mas Ella é ela. A ela que representa o que não sou e o que não serei. Mas o que gostaria de ter sido. Ella. Não que ele se importe com Ella. Mas se eu fosse Ella, as coisas não seriam como são.
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Ella. Mezzo personagem. Mezzo real. Ella mezzo ela. Ella mezzo idéia. Ella, mais ela que eu. Ella, menos eu que eu mesma e ainda ela. Ella. Sempre ela. Ella, mais minha que dela. Mas sempre Ella.
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Esse é um daqueles textos que você tem uma idéia que parece legal, que atormenta a sua cabeça até o momento em que você a escreve. A partir desse instante, a idéia foge e você tenta concluir o texto de alguma maneira e quando a agonia finalmente termina você percebe que não escreveu nada daquilo que queria...
Gostei do texto.Continue a ter idéias e a escrever,pois nada te fugiu na escrita.
ResponderExcluir1o. parágrafo:
ResponderExcluir"Ella", perfeita?
2o. parágrafo:
"Ella", indefinível?
3o. parágrafo:
"Ella", única?
"Ella"... who?
Bem... concordo com o parágrafo final... mas, se não é para dizer, o melhor desabafo é o papel; escrever, rasgar e esquecer.