Ex-líderes sindicais acreditam em motivação política para demissões
Funcionários da Urbs que perderam o emprego sem justa causa discordam da versão apresentada pela empresa
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Wilson Moreira e Marlon Lourenço da Silva estão desempregados. Eles são dois dos oitos funcionários da Urbs demitidos no último dia 13 de março. Ambos eram ex-líderes sindicais e acreditam que esse foi o motivo da perda do emprego. Wilson Moreira afirma que “todos os demitidos eram pessoas formadoras de opinião”. Além disso, ele garante que não foi dada nenhuma justificativa. “Eu tinha direito a mais cinco meses de estabilidade”, complementa. Marlon Lourenço da Silva, por sua vez, é direto: “Foi perseguição. Foi para amedrontar”.
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização de Curitiba (Sindiurbano), Valdir Mestriner concorda com eles. “A motivação foi política”, afirma. Ele acredita que as demissões foram feitas para “intimidar os trabalhadores a não se organizarem como sindicato”. Mestriner ainda conta que os outros trabalhadores reagiram mal às demissões. “Houve consternação, pois o fato foi muito inesperado”, relata. Ele afirma que o sindicato já encaminhou uma denúncia ao ministério do trabalho para apurar as causas das demissões.
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Para o presidente da Urbs, Paulo Afonso Schmidt, entretanto, não há razões políticas. De acordo com ele, as demissões “foram feitas dentro do que prevê a CLT”. Ele afirma que “a decisão foi administrativa” e que teve como objetivo “preservar a qualidade no atendimento à população e garantir respeito aos demais funcionários”. A assessoria de imprensa da empresa garante que não é necessário abrir processo administrativo em casos como esse, pois eles trabalham com “normas trabalhista regidas pela CLT”. E complementa afirmando que “a Urbs pode fazer isso”.
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Marlon estava completando nove anos na empresa. “Passei no concurso em 1998”, conta. Ele confessa ter pouco conhecimento de seus direitos trabalhistas. “Eu não sei se tinha estabilidade”, afirma. Para a assessoria de imprensa da Urbs, entretanto, “se você não está atendendo às necessidades da empresa, você pode ser demitido”. A assessoria diz não revelar as causas das demissões “para não constranger os funcionários”. O presidente da empresa acrescenta que a decisão foi “tomada a partir de consenso entre as chefias, gerências e a diretoria”.
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Originalmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantia o direito de estabilidade ao empregado que trabalhasse durante mais de dez anos na mesma empresa. Wilson Moreira conta que trabalhava para a Urbs há 16 anos, assim, ele não poderia ser demitido “senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas”, conforme a lei. O advogado especialista em direito do trabalho, João Pereira, entretanto, afirma que essa estabilidade não existe mais, mas “como compensação há o fundo de garantia”.
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Pereira especifica que o funcionário contratado pelo regime de CLT tem garantias de emprego apenas em algumas situações especiais. “Gestantes, acidentados no trabalho e diretores de sindicato”, enumera. Com relação ao último caso, Pereira acrescenta que a estabilidade é assegurada até um ano após o término do mandato. Para Pereira, “se os funcionários provarem que a causa da demissão foi política, eles podem ser reintegrados”. Ele conta que já advogou em um caso semelhante, onde foi conseguida a volta do empregado à empresa.
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Após o ocorrido, os oito funcionários demitidos se uniram. Eles pretendem entrar com uma ação judicial. “Estamos requerendo a reintegração ao quadro de funcionários”, relata Wilson. Ele também diz que serão pedidas indenizações por danos morais. Wilson tem 40 anos e poucas esperanças de conseguir outro trabalho. Caso não consiga voltar ao seu antigo emprego ele pretende “tentar alguma coisa informal”. Ele conta que seus colegas estão passando por situações semelhantes à dele e completa dizendo que “conseguir emprego, agora, é muito difícil”.
Wilson Moreira e Marlon Lourenço da Silva estão desempregados. Eles são dois dos oitos funcionários da Urbs demitidos no último dia 13 de março. Ambos eram ex-líderes sindicais e acreditam que esse foi o motivo da perda do emprego. Wilson Moreira afirma que “todos os demitidos eram pessoas formadoras de opinião”. Além disso, ele garante que não foi dada nenhuma justificativa. “Eu tinha direito a mais cinco meses de estabilidade”, complementa. Marlon Lourenço da Silva, por sua vez, é direto: “Foi perseguição. Foi para amedrontar”.
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização de Curitiba (Sindiurbano), Valdir Mestriner concorda com eles. “A motivação foi política”, afirma. Ele acredita que as demissões foram feitas para “intimidar os trabalhadores a não se organizarem como sindicato”. Mestriner ainda conta que os outros trabalhadores reagiram mal às demissões. “Houve consternação, pois o fato foi muito inesperado”, relata. Ele afirma que o sindicato já encaminhou uma denúncia ao ministério do trabalho para apurar as causas das demissões.
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Para o presidente da Urbs, Paulo Afonso Schmidt, entretanto, não há razões políticas. De acordo com ele, as demissões “foram feitas dentro do que prevê a CLT”. Ele afirma que “a decisão foi administrativa” e que teve como objetivo “preservar a qualidade no atendimento à população e garantir respeito aos demais funcionários”. A assessoria de imprensa da empresa garante que não é necessário abrir processo administrativo em casos como esse, pois eles trabalham com “normas trabalhista regidas pela CLT”. E complementa afirmando que “a Urbs pode fazer isso”.
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Marlon estava completando nove anos na empresa. “Passei no concurso em 1998”, conta. Ele confessa ter pouco conhecimento de seus direitos trabalhistas. “Eu não sei se tinha estabilidade”, afirma. Para a assessoria de imprensa da Urbs, entretanto, “se você não está atendendo às necessidades da empresa, você pode ser demitido”. A assessoria diz não revelar as causas das demissões “para não constranger os funcionários”. O presidente da empresa acrescenta que a decisão foi “tomada a partir de consenso entre as chefias, gerências e a diretoria”.
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Originalmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantia o direito de estabilidade ao empregado que trabalhasse durante mais de dez anos na mesma empresa. Wilson Moreira conta que trabalhava para a Urbs há 16 anos, assim, ele não poderia ser demitido “senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas”, conforme a lei. O advogado especialista em direito do trabalho, João Pereira, entretanto, afirma que essa estabilidade não existe mais, mas “como compensação há o fundo de garantia”.
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Pereira especifica que o funcionário contratado pelo regime de CLT tem garantias de emprego apenas em algumas situações especiais. “Gestantes, acidentados no trabalho e diretores de sindicato”, enumera. Com relação ao último caso, Pereira acrescenta que a estabilidade é assegurada até um ano após o término do mandato. Para Pereira, “se os funcionários provarem que a causa da demissão foi política, eles podem ser reintegrados”. Ele conta que já advogou em um caso semelhante, onde foi conseguida a volta do empregado à empresa.
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Após o ocorrido, os oito funcionários demitidos se uniram. Eles pretendem entrar com uma ação judicial. “Estamos requerendo a reintegração ao quadro de funcionários”, relata Wilson. Ele também diz que serão pedidas indenizações por danos morais. Wilson tem 40 anos e poucas esperanças de conseguir outro trabalho. Caso não consiga voltar ao seu antigo emprego ele pretende “tentar alguma coisa informal”. Ele conta que seus colegas estão passando por situações semelhantes à dele e completa dizendo que “conseguir emprego, agora, é muito difícil”.
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Esse é mais um texto escrito para o Comunicação e que não foi publicado. Dessa vez, a razão alegada é de que a matéria esfriou. A propósito, não sei se dá para reparar, mas os parágrafos tem todos, mais ou menos, o mesmo tamanho. No Word, esse texto ficou com sete parágrafos de sete linhas cada. Não é a toa que ele não saiu...
Bem, primeiramente, o texto está ótimo... mas como ele deixou de ser publicado devido ao tempo?
ResponderExcluirLi o primeiro parágrafo e vi inteiramente que de fato, o que causou estas demissões foi isso; os chefões não queriam mais problemas, daí cortaram o "mal" pela raíz. De fato, eu não considero um mal lutar pelos seus direitos, muito pelo contrário, devemos sempre estar atrás daquilo que é de melhor.
Outra coisa que reforçou ainda mais a minha idéia foi a justificativa dada; se não deram uma que realmente valesse, simplesmente não há razão para que tal caso tenha ocorrido.
Bem, também pensei que eles poderiam simplesmente procurar confusão... mas o tempo de serviços deles não justificam tal ato.
E tais leis do CLT realmente... nunca ouvi falar delas (vou procurar saber delas...).
Gostei muito do texto (dizendo novamente) =D
Essa sua mania de perseguição tá começando a ficar muito chata. Sério.
ResponderExcluirTEM RAZÃO!
ResponderExcluirACHO Q É VINGANÇA DO ANDRÉ MARQUES!
rê
ResponderExcluirmuito legal você postar os textos aqui.