Motor-Bigorna
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Algum filósofo disse que a vontade move a vida. Não lembro quem foi e não sei bem o que essa pessoa disse, mas eu costumava acreditar que a paixão era o verdadeiro motor. Para mim, era ela que fazia as pessoas seguirem em frente, rumo a algo incerto, mas belo, utópico.
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No momento me considero uma pessoa sem uma grande paixão. Abandonei muitos sonhos, fiquei afastada daquilo que poderia me trazer novos objetivos e continuo seguindo mesmo assim. Estou, praticamente, fugindo de novas paixões. Estou sem motor e há uma força que me empurra para longe dele. Assim eu duvido do próprio caráter de motor da paixão. E, mesmo desse modo, o raciocínio que, há tempos atrás, me fez chegar nessa conclusão continua parecendo lógico.
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Talvez essa vontade enorme, unida ao desejo incontrolável, seja mesmo capaz de mover a vida, de mover, por conseqüência, o mundo. A paixão, entretanto, seria para poucos. Apenas aqueles capazes de realmente querer algo, os fortes, vão poder sonhar e continuar. Afinal, o mundo é para aqueles que podem. Os bons sobreviverão.
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Aqueles que, como eu, não tem mais essa capacidade, já foram engolidos pela força vinda de paixões alheias e se movem por inércia, levados como poeira no vento. São as pessoas que não param, têm força para se manter em pé, mas não são capazes de sobreviver em um mundo tão parado e tão ágil. Elas podem se unir aos parados, desacelerar e morrer ou continuar nesse vendaval, ralando os joelhos, machucando a si mesmas sem descanso, numa luta contra algo que não se sabe o que é.
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Eu estou presa nesse ventilador. Tenho medo de pular e não tenho forças para continuar. Em breve perderei o equilíbrio. Não sei o que terei pela frente. Talvez algum motor chegue até mim e esse texto se torne parte de um delírio passageiro, mas é mais provável que, nessa confusão, um motor acerte a minha cabeça e me faça cair de boca na calçada.
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Algum filósofo disse que a vontade move a vida. Não lembro quem foi e não sei bem o que essa pessoa disse, mas eu costumava acreditar que a paixão era o verdadeiro motor. Para mim, era ela que fazia as pessoas seguirem em frente, rumo a algo incerto, mas belo, utópico.
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No momento me considero uma pessoa sem uma grande paixão. Abandonei muitos sonhos, fiquei afastada daquilo que poderia me trazer novos objetivos e continuo seguindo mesmo assim. Estou, praticamente, fugindo de novas paixões. Estou sem motor e há uma força que me empurra para longe dele. Assim eu duvido do próprio caráter de motor da paixão. E, mesmo desse modo, o raciocínio que, há tempos atrás, me fez chegar nessa conclusão continua parecendo lógico.
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Talvez essa vontade enorme, unida ao desejo incontrolável, seja mesmo capaz de mover a vida, de mover, por conseqüência, o mundo. A paixão, entretanto, seria para poucos. Apenas aqueles capazes de realmente querer algo, os fortes, vão poder sonhar e continuar. Afinal, o mundo é para aqueles que podem. Os bons sobreviverão.
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Aqueles que, como eu, não tem mais essa capacidade, já foram engolidos pela força vinda de paixões alheias e se movem por inércia, levados como poeira no vento. São as pessoas que não param, têm força para se manter em pé, mas não são capazes de sobreviver em um mundo tão parado e tão ágil. Elas podem se unir aos parados, desacelerar e morrer ou continuar nesse vendaval, ralando os joelhos, machucando a si mesmas sem descanso, numa luta contra algo que não se sabe o que é.
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Eu estou presa nesse ventilador. Tenho medo de pular e não tenho forças para continuar. Em breve perderei o equilíbrio. Não sei o que terei pela frente. Talvez algum motor chegue até mim e esse texto se torne parte de um delírio passageiro, mas é mais provável que, nessa confusão, um motor acerte a minha cabeça e me faça cair de boca na calçada.
Estava conversando justamente com um parente meu sobre isso...o quanto a paixão pode ser utópica.
ResponderExcluirNa verdade, paixão é amor.
Eu já me senti assim, sem um grande ideal, sem um caminho definido, sem alguém que me amasse, sem um amor real. Porém é sistemático; iremos ver que, isso é apenas uma fase. Claro que, para todas as perguntas, vem as mais simples respostas.
Eu já amei alguém, e realmente, nos sentimos como se todos os nossos sonhos fossem destruídos. Como se não existisse ideais.
Consequentemente nos sentimos sem vontade de tentar, pelo medo de ocorrer denovo.
Amar não é para poucos. Aquele que não ama, não vive. Claro que, sempre temos a tristeza, pelo fato de que este amor não seja compreendido, cuidado. Mas é isso.
Assim como eu, você irá perceber que, tudo isso é parte do processo. Isso não significa que você não irá amar denovo. Isso só irá te deixar mais forte, perceber mais. E irá achar o seu verdadeiro amor logo. O motor irá passar longe, pode ter certeza.
Gostaria de saber como vc consegue pensar essas coisas totalmente díspares na aula de filosofia. Heh, se vc copiasse o que a prof passa no retroprojetor, de certo nao haveria espaço para tantas indagaçoes. Se isso é bom, eu nao sei.
ResponderExcluirE como vc consegue pensar na metafora do ventilador numa sala como a nossa que nao tem um maldito ventilador para nos refrescar nos dias quentes? Ai, ai... bom poder imaginativo...
Sobre o motor que nos move, essa "vontade de vida" concordo que seja o amor. Mas sei lá se especificaria para o amor eros... Esse é mais um grilhao do que eu impulsor. Sobre o assunto, nao tenho mais experiencia para opinar.
Bem, ve se presta atencao na aula de vez em qd, hein?!
Abraçao da Su
(ainda com dores generalizadas e semimorta)