Texto de uma tarde de terça-feira...

Mais um de gente triste
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Costumo dizer que escrevo melhor quando estou triste. Acho que, na verdade, escrevo melhor quando tenho tempo. Não um tempo qualquer... Um tempo para curtir a tristeza.
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Acredito que estar triste faz parte. As pessoas se irritam com quem é feliz o tempo todo. E se afastam de quem é triste o tempo todo. É por isso que faz parte, não é. Do que exatamente faz parte é uma questão de nomenclatura, de procurar definir certas coisas... Um assunto que não me interessa agora.
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Estou só curtindo.
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Nessa minha curtição, queria estar ouvindo música e não barulho de escritório. Mas faz parte. Escrever textos ruins em momentos impróprios faz parte. Por alguma razão, o risco parece valer a pena. Talvez valha mesmo.
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É como ir ao cinema ver Dragonball (com “a” aberto, em bom português). Você se decepciona toda vez que percebe que o Goku não tem rabo (ou quando ele fala da escola; da procura por uma namorada; sobre ser diferente dos outros etc.)... Mas como isso fez parte da sua infância, você precisa ir lá ver com seus próprios olhos...
Lembra daquele episódio em que...
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Não diria que machuca fundo. É como sentir um leve prazer na dor. No fundo, escrever no tempo de estar triste, ver remakes de histórias que marcaram sua vida, escrever um texto ruim disfarçadamente durante o horário de trabalho (como se eu não digitasse martelando)... Tudo é curtir a vida.
Lembra daquela vez que você...
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Tenho maneiras estranhas de aproveitar as coisas, mas acho válido pensar que tudo merece ser vivido. A aula chata vai deixar saudades um dia...
Lembra daquele dia quando...
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Falo da aula chata por lembrar daquela velha frase que sempre arranca aplausos da platéia do Faustão. “Não me arrependo de nada do que fiz. Só me arrependo do que não fiz”. Dar mancada e se arrepender horrores também faz parte. Também vai deixar saudades...
Lembra que você sempre...
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E agora estou triste, chove lá fora, escrevo um texto ruim, estou entediada... Quero colo. Quero curtir outra coisa, mas se só tem tu...