Mais trabalhos da faculdade...

Assim o blog sobrevive. Alimentado dos únicos textos que consigo fazer (aqueles que, mesmo sem computador, eu sou obrigada a dar conta)... Bom, eu imagino que a resenha da Mari sobre o mesmo filme esteja melhor, mas, por algum motivo, eu gostei da minha. Por incrível que pareça...
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Bom dia e boa sorte
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“Good Morning, Vietnam!”. É com esse grito que Adrian Cronauer (Robin Williams) acorda as tropas americanas em Bom Dia, Vietnã (1988, com direção de Barry Levinson). O filme, que está comemorando duas décadas, envelheceu bem e guarda em suas imagens um dos melhores momentos de Robin Williams. O ator está com a carreira em baixa, como muitos comediantes americanos de sucesso nas décadas de 80 e 90, mas continua a encantar e a comover com seu humor para tempos de guerra.
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O filme conta a história do radialista Cronauer, um homem divertido e carismático que vai trabalhar na rádio do exército americano. Com músicas animadas e notícias inventadas sobre figuras públicas e celebridades, Cronauer não demora a conquistar o carinho das tropas e a desagradar os militares mais sérios e conservadores.
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O grande problema do filme, evidente nos dois primeiros atos, são os personagens rasos e mal construídos. Embora encarnados com cuidado por atores do porte de Forest Whitaker, ganhador do Oscar por O Último Rei da Escócia, muitos personagens estão perdidos no contexto. Além de um tenente desrespeitado por todos e que, mesmo sem talento, quer ser comediante, o próprio Cronauer carece de motivação. Ele desembarca no Vietnã, cria um amor platônico e obviamente impossível e, a partir desse momento, passa a viver em função disso.
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É apenas na parte final que o divertido radialista ganha personalidade. Embora sempre irritado por não poder ler algumas notícias, as desgraças da guerra o atingem pessoalmente através do irmão de sua paixão, Tuan (Tung Thanh Tran) e ele acaba por perder o controle durante uma transmissão ao vivo. Seu desabafo não passa despercebido e Cronauer acaba afastado. Antes de conseguir retornar, graças ao apoio de admiradores de seu trabalho, Cronauer entra em contato com os soldados, seus ouvintes, e compreende a importância de seu trabalho, mesmo que limitado pela censura.
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Nesse momento o filme conta a que veio. Os personagens não questionam a guerra. A impressão é de que ela sempre existiu e continuará indefinidamente. Aliás, a batalha em si não parece ser o grande problema e funciona apena como pano de fundo. Surge, então uma questão: como um simples homem, sem objetivos de vida palpáveis, doa a si próprio por um programa de rádio e acaba por se tornar tão importante? Nesse momento é perceptível não ser muito errado afirmar que Cronauer não é uma pessoa, mas o próprio programa. Sua existência apenas é válida enquanto radialista.
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Dessa maneira, o filme não passa da velha e sempre atual luta dos meios contra a censura que, aliás, também possui personificação. Os censores retratados são dois irmãos idênticos, praticamente mudos e sem reação (exceto quando contrariados).
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E, para quem estava com saudades: links de mim mesma! Aqui está o PDF do sexto Comunicação, já com o meu nome na editoria de UFPR. Já nessa matéria, eu e a Vanessa fizemos as filmagens. Nessa outra, fui a carregadora oficial do trio! Será que um dia a Rê-porter aparecerá no site? Acho melhor não...

Um comentário:

  1. Crítica curta, mas legal.

    Me interessei pelo filme - locadora, aí vou eu...

    Vou dar uma olhada nas suas matérias depois...

    E em comparação ao seu blog, o meu está um abandono só... Mas irá retornar em grande estilo...

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