Mais um blocão inútil...

Negarei a autoria em breve
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A vontade que tenho é de vomitar. Vários sentidos. Vomitar o que não comi na janta. Vomitar berros de dores que não sinto. Vomitar os trabalhos que eu ainda não fiz (canson, canson, canson). Vomitar palavras na tela do computador. Minha mente quer escrever mais rapidamente do que meus dedos conseguem acompanhar. Quero acabar com esse enjôo que sinto há tanto tempo. A Carol me disse que é falta de dormir. Mas dormi tanto hoje e continuo enjoada. Enjôo físico e mental. Quero vomitar e sinto que estou vazia. Não há nada para jogar para fora. Já falo mais do que devo normalmente. Já escrevo mais do que posso. Já sabem tanto de mim que sou tão tremendamente óbvia. Já... Já quero acabar esse texto porque agora é ele quem me enjoa. Inconstância. Desconforto constante. Instabilidade. Enjôo aparentemente estável. Bom, ao histórico. Quando isso começou? Naquele dia da crise onde mandei mensagens incoerentes no Orkut de alguns e pedidos de socorro no de outros e simplesmente nada no da maioria. Embora quisesse vomitar. Naquele dia logo cedo. Era aula do que? De rádio... Estranho que agora só em pensar em TV o enjôo aumenta. Não, não era a aula a culpada. Não eram as pessoas. Não era a situação. Era o bem estar que já estava durando demais e escolheu aquele momento para me pregar uma peça. Escolheu a hora certa. Estava tão desprevenida que até agora sinto as conseqüências. Sinto quando acordo. Quando lavo os cabelos. Quando escovo os dentes. No gosto da minha própria boca. Sinto quando estou no ônibus. Quando estou na Floresta. Sinto na minha saudade do Cacos. Faz tempo que não entro lá... Sinto no peso que carrego todos os dias nos ombros. A cada dia mais. Fisicamente dolorida. Mentalmente confusa. Continuo. Continuo. Continuo. Penso em me jogar do parapeito. Continuo. Continuo. Continuo. Pausa no texto. Entre pensar e considerar seriamente há um grande buraco. Volta da pausa. Fui escrever pausa e escrevi pauta. Pauta. Pauta. Pauta. Gosto de ir fazer as entrevistas. Gosto de escrever matéria. Gosto de gravar para o rádio. Gosto de editar. Gosto de diagramar. Gosto de tudo isso. Então porque me sinto mal? É estranho, mas as coisas andam tão claramente separadas na minha vida. Justo agora que não tenho tempo para nada eu consigo essa façanha. Confesso. Sempre tive dificuldades em separar vida pessoal e estudos. Juntava tudo. Agora as coisas se separaram sozinhas. Não sei o que foi que mudou. Acho que é culpa do Cefet. Maldito lugar organizado. Nada lá combina comigo e, ao mesmo tempo, me faz tão bem. Eu me divirto naquele trabalho manual e com um raciocínio tão focado. Gosto da aura de “antenado” que o jornalismo obriga a pessoa a ter (embora eu sempre seja a última a saber o que quer que seja). Mas é bom eu poder me desviar disso um pouco. Lembrar das aulas da Teresa conversando com o Daniel. Ir espiar os desenhos dos outros. Pagar mico com os meus. Rir das piadas. Ganhar do Vinicius no truco. Combinar os detalhes da versão em Live Action que vamos fazer de Caverna do Dragão (eu voto no Glenyo para Mestre dos Magos, no Cenilson para Diana, no Kapri para Eric, no Julio para Presto e no Ary para Bobby)... E assim o enjôo parece que passou. Mas é só eu me lembrar dele para ele se lembrar de mim. Até o próximo impulso entre páginas diagramadas.

3 comentários:

  1. Não costumo ser duro com as palavras. Quanto mais com você. Mas acho que é necessário.

    O que aconteceu apenas irá servir para o seu amadurecimento. Se você permanecer assim, irá significar duas coisas: você quer ficar assim porque quer, ou você não é forte para amadurecer.

    Então pare de ficar desta forma! Não se permita ficar assim, pois este estado apenas te prejudica!

    Não é fácil, admito. Mas isto serve para que você seja mais forte. E que você cresça, sendo a pessoa que é.

    Não preciso dar mais sermões. Até porque, você sabe o que fazer. Está diante de você. Basta apenas você tntar.

    Sei que minha opnião pode não valer tanto, mas eu me importo com você.
    Eu fico triste aqui sabendo que você está assim...

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  2. ô, crise de semana de fechamento, viu! Vá falar com o Sandoval e compartilhar as desgraças...

    realmente, esse ano tá tudo estranho... eu tenho ido ao cacos mais do que nunca e os trabalhos tb sao maiores do que nunca (vai ver a última coisa leva à primeira). E vc nunca tá lá! Mas to me forçando a não me acostumar com a sua ausência. Semestre que vem vc faz só umas coisinhas no Cefet e volta para nós. Se é que vai conseguir. Sabe, o Cefet talvez seja uma vida nova para vc, onde nós, florestais, tenhamos pouco espaço. Se vc gostar dela, ótimo, nós seguramos as saudades. Se não, vamos jogar pebolim?

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