Menos revisão que o normal...

Ne me quitte pas
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Ontem (não exatamente ontem, mas é como se fosse), eu estava parada na estação-tubo Comendador Fontana esperando pelo Santa Cândida/Pinheirinho. É incrível como o ônibus que eu quero pegar sempre demora. Fiquei exatos vinte e cinco minutos esperando para fazer uma simples conexão! A Fran até me ligou, estranhando a demora... O caso é que do outro lado da rua estava um casal que me lembrou você. Não nós dois. Só você.
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Sendo sincera, eu nem sei porque eles me lembraram você. Acho que vou pôr a culpa na minha distração. Minha mente viajou até você, vi os dois e foi feita a conexão. Também não me peça para explicar o porquê de, sendo eles dois, eu tenha me lembrado de um só de nós. Eu diria que é porque a minha participação no "nós" foi tão pequena que não é válido lembrar disso. Verdade seja dita, a minha capacidade de auto-anulação já alcançou extremos.
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Enfim... Aquela menina tinha braços estranhos. Compridos demais, eu diria. Por um segundo eu me perguntei se ela, ao abraçá-lo, seria capaz de alcançar seu próprio corpo (nesse ponto surge a referência a um casal conhecido onde a dúvida não é causada por culpa da menina). Na verdade, ela era toda estranha, mas os braços se sobressaiam. Tão desajeitados que eram ao lidar com esse tamanhão todo e uma única pessoa para acariciar. Ao menos ele era alto.
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Eu prestei atenção naqueles carinhos, confesso. Imaginei a quanto tempo eles estariam juntos. Deduzi que não fazia muito. Ela mantinha aquele ar de passarinho apaixonado. Feliz, rápido demais para não deixar o que é bom escapar e, principalmente, desajeitado. Ele era uma figura cabeluda e sem personalidade visível, arrastado ao bel-prazer daquela presa, esperando ela engordar por conta própria para depois devorá-la, sem o menor prazer da caçada.
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Sim, o Animal Planet deveria fazer observatórios nos tubos de Curitiba. Ou no Cacos durante as vinhadas (mas isso já faz parte das piadinhas de outra pessoa e não vem ao caso). E mudando de assunto... Finalmente o ônibus chegou! O casal atravessou a rua correndo para se juntar a mim em minha viagem. Juntar em termos, pois não mais os vi. Mas, também, nesse ponto a ilusão já estava quebrada e eles não me lembravam mais você. Eram humanos demais.

6 comentários:

  1. Renata!
    Eu vou te falar pela última vez:
    esqueça de mim!
    Pare de pensar em mim!
    Meu Deus, isso é fixação!
    Vou passar um tempo na praia
    pra ver se vc consegue me esquecer!
    Adeus!

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  2. Ai, e eu aqui boiando... Queria tanto ter ido ao Ru com todos para compartilhar as piadas sobre a vinhada e sobre a fauna florestal de um modo em geral. Depois me deixem a par, viu!

    Ai, Re, esquece o homem do anel... Ele nem é tão gostoso para valer todo esse sofrimento!

    Bjs!

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  3. Hahahahaha
    Olha o Rapha se achando =P

    Rê!
    Me senti super presente nesse post, e não foi só quando vc citou meu nome!
    hahuahuauha
    Deixa em off :x

    Seu níver tá chegando \o/
    Já escolheu como será seu super dia, com suas super amigas? :D

    Saudades!

    E me juntando à Su, esqueça o cara do anel!

    Beijo :*

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  4. Bem, como você mesma disse, isso foi apenas uma leva de pensamentos sem muita importância...

    Então, não fique muito preocupada com tais coisas... uma hora tudo melhora. E tudo na vida, uma hora, dá certo. E você sabe disso.

    Desculpa pela demora de postagem... sabe como é né... aquela velha situação...

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  5. ô regata!
    para de se fazer de sonsa que já tá na hora de atualizar essa bagaça de novo! qr me matar de tédio?

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  6. Hum...não falo mais nada.

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